quarta-feira, 30 de junho de 2010

Os Processos de Ressignificação da Pirataria no Ciberespaço

Apresentação de Lianne e Milton
Comentário de Plínio e Renato

O texto aborda os conceitos de pirataria e a ressignificação do termo “pirataria” no ciberespaço. No início do texto a autora define pirataria como o ato de pegar uma coisa que não te pertence, de tomar posse e de algo que não é seu. Pirataria na visão do texto uma estrutura organizada, acessível e estruturada e que se tornou um hábito da população de vários países devido a sua facilidade. O texto aborda também a dificuldade de se controlar o ato da pirataria devido a complexidade de mapeamento das redes que ao contrário dos verdadeiros piratas dos séculos passados não possuem um lugar físico para se esconder e se reinventar já que o mapa da internet é impreciso. O termo pirataria vem da década de 60 quando jovens ingleses montaram uma rádio ilegal para mostrar um outro tipo de cultura fora do monopólio das rádios legais já que nelas eles não teriam espaço para a divulgação da sua arte. O governo inglês tirou a rádio do ar, já que a rádio atrapalhava os lucros da indústria cultural inglesa, e criou uma enorme repercussão da pirataria como um espírito de liberdade e de compartilhamento de conteúdos para os que tinham dificuldade de acesso a cultura e a população acabou criando um partido político que tem força em vários países pelo mundo. Na segunda parte o texto aborda a pirataria no ciberespaço onde os partidários do partido político da pirataria se denominam defensores do direito a informação, mostram a pirataria como um ato de liberdade e de quebra de monopólio mas já para a indústria cultural pirataria é crime e o que a incomoda é que a filosofia desse partido, mesmo não estando ligada ou lucro e sim a quebra de monopólio, tira o lucro da grande indústria fonográfica. A pirataria tem diversas motivações e algumas delas defendidas por uma parte da população já que para essa parte a prática da pirataria é a melhor forma de acesso ao conteúdo seja por facilidade de encontrar os produtos, pelo baixo preço e para uso próprio sem avistar o lucro. Para algumas pessoas a pirataria é a única forma de inclusão social. A pirataria no sentido de compartilhamento de conteúdo existe a muito mais tempo do que pensamos, quando antes eram gravadas fitas cassetes de músicas gravadas da rádio, quando eram passadas músicas do vinil para a fita cassete e quando esses atos praticados eram repassados para outra pessoa era cometido a pirataria, só que esse fato não atrapalhava a Indústria Fonográfica pois era feito em pequena escala, hoje em dia isso saiu do controle devido a facilidade que temos de encontrar mídias, baixar arquivos e passá-los adiante, fazendo com que a grande indústria combata essa prática.
No final do texto é citado as diferenças de motivação da pirataria: o comércio informal, a inadequação de arquivos, a exclusividade de conteúdo, a disponibilização via streaming, os processos de remixagem, a execução pública, a execução particular, a transferência de suporte, a difusão de conteúdo próprio e o leitor de livros. Também é definido os agentes da pirataria; o que vende, o que disponibiliza, o criativo e o que consome.
No debate em sala de aula foi citada várias vezes a ressignificação do termo PIRATARIA, já que ele pode ser usado em diferentes sentidos e pode ser praticado por diversos motivos. Coloca-se em questão: O fato de uma banda independente ou não colocar suas músicas para compartilhamento e downloads de graça, e de uma banda fazer cópia de suas próprias músicas e colocá-la a venda em camelôs, torna ela criminosa praticante da pirataria? Outra questão levantada foi: A pirataria na internet é diferente da pirataria dos camelôs? E para finalizar uma última questão: Para quem fica o prejuízo dos downloads de conteúdo?

Por Beatriz Masiero.

Um comentário:

  1. O texto é de autoria da Cândida Nobre, e foi apresentado na Compós de 2010: http://compos.com.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=33

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