quinta-feira, 27 de maio de 2010

SMD - Uma nova mídia!

SMD - Semi Metalic Disc


Após alguns anos de intensas pesquisas, desenvolveu-se um conceito novo de reprodução musical, chamado Semi Metalic Disc (SMD), que com uma nova tecnologia, abordagem inovadora, criativa e rentável, reduziu o preço de comercialização de um Compact-Disc (CD) em quase 80%.
Com mudanças simples do padrão visual e garantia da qualidade da obra, aliadas a este método inovador de semi-metalização, o SMD visa disponibilizar a música à todos os cidadãos comuns por um preço justo. Sabemos que essas mudanças representam uma verdadeira revolução cultural. Tanto artistas independentes, como artistas de gravadoras e de selos fonográficos poderão ter seus discos prensados neste novo formato. O SMD preserva todos os direitos autorais.
O SMD (Semi Metalic Disc) é uma mídia 100% brasileira, e vem sendo um grande aliado na luta contra a pirataria no Brasil.

Produção


Os custos de produção do SMD são mais baixos, com descontos progressivos, permitindo que novos talentos sem patrocínios tenham suas obras lançadas no mercado. A fabricação do SMD é em média 30% mais barata que a do CD. Os SMDs são confeccionados nas mesmas fábricas dos CDs e tocam em qualquer aparelho, embora sua técnica de reprodução seja diferente da utilizada atualmente nos CDs.
As embalagens de acrílico foram substituídas por uma mais econômica e moderna - inquebrável, em papel cartão especial, com fechamento que facilita o armazenamento e garante a integridade da mídia. A ficha técnica e demais créditos podem ser impressos na própria capa, encarte, na revista ou no rótulo do SMD. A capacidade do SMD é de até 60 minutos de áudio (16/18 músicas).
Os SMDs podem ser produzidos em diversas cores e formatos, o que possibilita a utilização do produto em campanhas publicitárias ou que visem um público específico. Aliado a tecnologia, o objetivo do SMD é assegurar um preço baixo ao consumidor final, o que inibe o interesse do pirata e garante um maior volume de vendas para o artista.

Comercialização


Hoje, nos pontos de venda, o preço médio de um CD é R$ 19,00, fato este que impõe ao lojista uma margem de lucro inferior a 5%. Um pirata, por sua vez, sem qualquer custo, alheio ao pagamento de todo e qualquer tributo, vende um CD a R$ 5,00, com margem de lucro superior a 60%. Inviabilizando quase que totalmente a venda legal do CD. A lucratividade do lojista na venda do formato SMD é de 20%, mesmo preservando todos os diretos junto à pirâmide envolvida no processo de produção, fabricação, divulgação e comercialização.
O preço do SMD é impresso na capa, possuindo um preço fixo de comercialização, de forma que possa garantir o cunho social de combate à pirataria e acesso à cultura.

Tiragens/Distribuição


O artista tem a opção de produzir apenas o SMD, com tiragem mínima de 1.000 SMDs, que são vendidos à R$ 5,00. Ou pode optar pela Revista SMD (revista + SMD), com tiragem mínima de 1.000 Revistas SMD, que são vendidas à R$ 6,00 (na revista o artista pode inserir sua biografia, release, letras das músicas, patrocinadores, contatos, etc).
Se o artista quiser que seu trabalho seja distribuído nas bancas, a tiragem mínima é de 20.000 exemplares. Ele pode fazer também um número menor de Revistas SMD (1.000 exemplares por exemplo), e comercializá-las em seus shows, na divulgação do seu trabalho nas rádios, tvs e imprensa escrita. A distribuição do produto pode ser feita também pelas vias usuais (lojas de música e varejo), telemarketing, e-commerce, garantindo ao artista maior exposição da sua música.



Aqui vai uma pergunta que fiz à admnistração da empresa SMD em relação ao processo de "doação". Acho que é contestável esse ideal de "combate à pirataria"

”Gostei muito da idéia de combate à pirataria, e , por ideal artístico, gostaria de vender o trabalho (no caso o SMD) por "quanto a pessoa quiser pagar", ou seja, o comprador paga pelo SMD o quanto ele quiser, desde R$0,01 até R$X. Dessa maneira o ideal de combate à pirataria continua e o artísta comercializa sua obra de uma forma mais "pessoal": o que está sendo vendido, de fato, são as canções contidas no SMD, que não tem preço na vida das pessoas; o material(SMD, encarte, e caixa), que já pode ser calculado seu preço, é apenas o meio das pessoas terem acesso àquela obra, portanto, nada mais justo que cobrar pelo verdadeiro produto, que na sua essência, tem um valor diferente para cada pessoa. Podemos comercializar o SMD dessa forma?”

R: Obrigatório constar o preço R$ 5,00 (fonte tamanho 13pt) na capa da embalagem, na parte superior (lado esquerdo ou direito).

PS: Em caso de SMD Promocional, deverá constar o termo “SMD Grátis" ou "SMD Promocional".




Bom, é isso! Caso queiram mais detalhes é só entrar em www.portalsmd.com.br


Grande abraço, João Guarizo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O novo mainstream da música regional: axé, brega, reggae e forró eletrônico no Nordeste

A reconfiguração pela qual passa, atualmente, a indústria fonográfica deve-se, além de inúmeros outros fatores, à digitalização da informação e avanços tecnológicos, que viabilizaram a entrada de novos agentes nesse mercado. Assim, estratégias alternativas de distribuição de fonogramas são cada vez mais presentes atualmente, o que potencializa o surgimento de nichos de mercado, com uma complexa rede de tendências e estilos musicais, nas mais diversas regiões do planeta. Dessa forma, em contrapartida ao chamado mainstream, surge, por volta da década de 1970, o fenômeno dos artistas indepententes, que se organizam em “gravadoras independentes” para ocupar as fatias do mercado que não são atingidas pelas chamadas majors. No entanto, o que podemos observar é que, com a formação desses novos nichos, fenômenos musicais notadamente periféricos e de baixo grau de circulação, vem alcançando sucesso comercial a partir de, por exemplo, novas estratégias de disponibilização gratuita de músicas na internet. Numa cultura globalizada, vê-se cada vez mais elementos regionais figurando como uma espécie de “novo mainstream” do mercado musical.

O texto trata especificamente do axé, brega, reggae e forró eletrônico no Nordeste. Nesse contexto, para o autor, a grande estratégia utilizada para o sucesso desses novos fenômenos é enfatizar a experiência sensorial proporcionada por eles. Esses estilos musicais são substancialmente vinculados ao publico jovem e à alegria contagiante do carnaval. Isso é associado a um imaginário repleto de simbologias relacionadas à juventude, com relações sociais festivas propícias a altas intensidades emotivas e sexuais. “Assim, a um evento de grande apelo corporal (festivo e erótico) e próprio para estabelecimento de estados alterados de consciência corresponde uma música de grande intensidade sonora (volumes no máximo, andamento acelerado e equipamentos de grande potência) que molda um ambiente de saturação característico de uma certa sensibilidade atual, num conjunto de características que colocam a axé music com enorme potencial de veiculação em larga escala”.

Em termos de conteúdo, o mesmo ocorre no caso do forró eletrônico. A estratégia de distribuição também é alternativa, mas difere da utilizada pelo axé. No entanto, assim como o axé, o sucesso do forró eletrônico parece ser também explicado a partir do momento que se considera o aspecto da experiência musical, principalmente com ênfase no público jovem. O autor cita a tríade festa-amor-sexo, que funciona como principal atrativo de jovens para o contexto da experiência social da música, sendo que todas as etapas de produção musical apontam para o show como evento central desse processo. Nesse sentido, “ dança, festa, desilusões amorosas, encontros sexuais (tanto aqueles corridos no interior de uma relação de um casal consolidado quanto os intencionalmente voláteis e eminentemente físicos, sem nenhum grau de afetividade) e bebida formam um conjunto de temáticas que constroem o ambiente afetivo do forró eletrônico endereçado aos jovens em festa”.

Por fim, o autor problematiza os termos “mainstream” e “independente”. De fato eles são controversos e muitas das vezes o que é dito independente se utiliza de estratégias de ação semelhantes ao mainstream para ganhar visibilidade. Ele propõe, então, a utilização do termo “alternativo”, pois pressupõe que mesmo uma expressão musical considerada periférica pode figurar entre as mais notáveis, que é o que caracteriza esse novo mainstream.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Quanto custa o gratuito? Aula do dia 12/05/2010

Quanto custa o gratuito? Tem por objetivo tratar do embate que ocorre entre tecnologia e indústria fonográfica (IF). A partir do pré conceito de que a tecnologia seria algo a servir a IF barateando os custos e agilizando a produção. Contudo, não foi o que ocorreu e ocorre devido a ganância de muitas dessas empresas tecnológicas que viram no negócio, de disponibilizar músicas para download, uma oportunidade para lucrar mais. Lançando, assim, produtos que comportassem tal tecnologia (ex: iPod). Ignorando o processo de produção e de gastos que gerados por este. De início, os lucros advindos dessa comercialização não eram repassados para a IF, o que ocasionou uma série de processos contra essas instituições tecnológicas. Percebendo que o lucro seria maior se não tivessem que viver pagando os processos, fruto da ilegalidade, e apenas firmassem um acordo de repassar uma parte dos valores, conseguidos com publicidade, para a IF. Como já sabemos, nem tudo que é gratuito é joinha, pelo contrário, tem todo um investimento capitalista e que ninguém se iluda mais com isso.

Sendo assim, o artigo explica e explicita o que é a Qtrax, o que ela representou no mercado da legalidade de baixar músicas; o que é DRM e como ele protege as músicas de serem compartilhadas e revolta os usuários; o fator da publicidade como algo que norteia o mundo da cultura musical, a partir do momento que os publicitários investem seu capital comprando um espaço de tempo nas rádios ou televisão e escolhem o que será tocado de acordo com o que acham que suas marcas representam. ; o cadastramento ativo e passivo dos usuários como uma roleta de acesso ilimitado/limitado ao conteúdo dos sites de download; E a IF e as redes sociais ( my space, you tube) que disponibilizam conteúdos de direitos da IF gratuitamente e seus recentes acordos de veiculação.

Abaixo temos a síntese das perguntas elaboradas pelo comentador, Thiago, para fomentar o debate já feito em sala.

1-Será que a guerra entre tecnologia e IF terminará? E o DRM acabará?

2-Como a empresa se utiliza do potencial das redes sócias?(you tube, my space)

3-O fato dos publicitários escolherem o que deve ser tocado influenciará na formação do gosto popular?

Considerações tiradas por alguns colegas de classe:

*A circulação física, CDs, diminuiu, mas as músicas continuam circulando.

* A transmissão ilegal dessas músicas ainda domina. Entretanto, é preciso lembrar que não é porque é grátis que é ilegal; e que a legalização vem ocorrendo. Exceto no Brasil que, ainda, não possui leis contra.

OBS: É importante ter em mente que esses dados relatados no texto, são referentes as majors. Pois as independentes possuem formas próprias de distribuição.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Merchan music

por Marcella Chartie (retirado da Revista Superinteressante)

Nova moda entre os artistas é fazer propaganda em clipes e letras de música - e receber cachê de grandes empresas.



“Imagina nóis de Audi, ou de Citroen/Indo aqui, indo ali/Só pam, de vai e vem.” Quando os Racionais MCs cantaram isso, não estavam fazendo merchan - só declarando seu amor sincero a certas marcas. Mas agora a prática se transformou em negócio: artistas pop estão recebendo para citar marcas em suas músicas e clipes. E já existe até uma agência de publicidade, a Kluger, que é especializada nisso e trabalhou com vários artistas (veja alguns exemplos nesta página). “É fundamental ser discreto. A integridade artística é mais importante do que o marketing”, acredita o dono da empresa, Adam Kluger. Será?

LADY GAGA
MÚSICA: Bad Romance
PATROCÍNIO: HP, Nemiroff, Heartbeats, Parrot, Nintendo, Carrera, Burberry, Alexander McQueen
TRECHO: Os produtos aparecem em várias partes do videoclipe. Até as roupas vestidas pela cantora são merchandising.

MARIAH CAREY
MÚSICA: Shake it Off
PATROCÍNIO: Louis Vuitton (bolsas)
TRECHO: Depois de uma briga com o namorado, ela canta: “Arrumei minhas coisas na Louis Vuitton”.

BRITNEY SPEARS
MÚSICA: Womanizer
PATROCÍNIO: Nokia
TRECHO: O celular Xpress Music aparece duas vezes durante o clipe (27s e 1min30).

P.DIDDY
MÚSICA: Can’t Nobody Hold me Down
PATROCÍNIO: Mercedes-Benz
TRECHO: “Tenho uma (Mercedes) Benz que ainda nem dirigi.”

KANYE WEST
MÚSICA:
Good Life
PATROCÍNIO: American Express
TRECHO: “Quando pegar meu cartão, vou voltar para Las Vegas.” Nessa parte, mostra um AmEx no clipe.

BLACK EYED PEAS
MÚSICA:
My Humps
PATROCÍNIO: Várias grifes de roupa
TRECHO: “Eles me compram tudo isso / Dolce & Gabbana, Fendi & NaDonna (D.Karan)”

PUSSYCAT DOLLS
MÚSICAS:
Baby Love, Stick wit’ You e Rio
PATROCÍNIO: Samsung, Nokia e Unilever
TRECHO: Mostra os produtos em clipes (e gravou uma música patrocinada pelo sabonete Caress).

fonte: http://super.abril.com.br/cultura/merchan-music-543558.shtml

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Desmistificando os argumentos da indústria fonográfica

Na semana passada, a IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) lançou um relatório sobre a venda de músicas, chamando a atenção para a redução de 7% em suas vendas globais. A maior parte das matérias sobre o tema e o release da própria IFPI chamam a atenção para este dado, e colocam a pirataria física e a troca de arquivos pela internet como responsáveis por este cenário. No entanto, um outro importante dado foi deixado em segundo plano: em 13 países, inclusive no Brasil, o mercado de música cresceu em 2009. A federação da indústria alega que este crescimento é resultado do combate à pirataria nestes países, mas o jornalista Nate Anderson questiona este argumento, como podemos ver na seguinte matéria da revista A Rede, que reproduz as informações do portal Ars Technica:

28/04/2010 - A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês) publicou hoje um release em que anuncia o lançamento de seu relatório sobre o mercado global de música, edição 2010, com números de 2009.

O estudo custa 550 libras esterlinas e o release publicado hoje não traz muitos números, mas afirma que a venda de música, apesar de ter caído 7% em termos globais, cresceu em 13 grandes mercados em 2009. Inclusive no Brasil. O IFPI tenta atribuir isso a políticas de combate ao compartilhamento de arquivos. E no artigo abaixo, publicado no portal Ars Technica, o jornalista Nate Anderson desmonta este argumento. Veja:

"Veja que surpreendente: as vendas da indústria fonográfica cresceram em 13 grandes mercados em 2009. Austrália, México, Coreia do Sul, Suécia, Grã Bretanha e Brasil estão entre os países que registraram crescimento na receita de vendas. E a indústria global de música afirma que isso é uma prova da necessidade de leis mais rígidas para combater a pirataria.

'Na Coreia do Sul e na Suécia, em particular, houve uma impressionante volta do crescimento', diz a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), 'demonstrando como um ambiente legal aprimorado pode ter um impacto benéfico sobre a venda legítima de música'.

Pode ser até verdade! Os dados, no entanto, são ambíguos. Na Suécia, uma lei de 2009 deu aos detentores de direitos autorais um mecanismo mediado pela Justiça para ter acesso aos nomes de pessoas acusadas de infringi-los e os administradores do Pirate Bay foram a julgamento. Mas essas duas táticas são usadas nos EUA há anos (lembra-se do caso Grokster e de todos aqueles processos de P2P contra indivíduos?). Então porque os Estados Unidos responderam pela maioria das perdas nas vendas globais dessa indústria em 2009, mesmo contando o crescimento da indústria da Suécia? O "ambiente legal aprimorado" na Suécia não pode ser a única resposta.

Como se explica o caso da Austrália? Naquele país, um juiz federal recentemente publicou um veredito de mais de 200 páginas no qual decide que os provedores de acesso e serviço não podem ser obrigados a agir a partir do recebimento de notificações de proprietários de direitos autorais e muito menos ter qualquer responsabilidade de desconectar usuários da internet. Ainda assim as vendas cresceram. O México não está atacando os usuários de P2P e as vendas lá também cresceram.

A solução legal preferida da indústria continua a ser a resposta gradual e ao fim a deconexão da internet, mas uma rápida olhada nos dados da IFPI não mostra nenhum grande motivo para adotar uma punição tão draconiana ao final do processo.

Na Coreia do Sul, primeiro país a implemetar uma lei de resposta gradual "three strikes" que desconecta pessoas que repetidas vezes compartilham arquivos, 30 mil notificações de infração foram enviadas no ano passado, mas nenhum sul-coreano foi desligado da internet. E as vendas cresceram.

Muitos provedores mandaram notificações a seus usuários em 2009, mas nenhum deles estava desconectando seus assinantes. Mesmo o recém aprovado Ato da Economia Digital não permite o desligamento de usuários por pelo menos mais um ano. Ainda assim as vendas cresceram.

A IFPI não lista a França entre os países onde as receitas cresceram... apesar do fato de a França ter aprovado a legislação de desconexão da internet mais rígida de toda a Europano ano passado. De fato, um estudo recente realizado na França mostrou que a pirataria pela internet na verdade aumentou desde que a Lei Hadopi foi aprovada, ainda que tenha migrado das redes P2P para os sites de download e de HTTP streaming.

Então, porque as vendas crescem? O ambiente legal pode ter algum efeito, mas novos modelos de negócios também têm impacto. Na Suécia, por exemplo, está o Spotify, um serviço de música que vive de anúncios e é superpopular na Europa. Mesmo a IFPI atribui o crescimento a uma combinação de mudanças na legislação e o 'lançamento de serviços populares e legítimos (não-piratas)'.

Ao ver este tipo de dado da indústria ano após ano, somos deixados com duas reflexões. Primeiro, a inovação é crucial - se se tornar mais fácil usar Hulu e Spotify do que fazer downloads de versões de programas de TV e música nas redes P2P e muitos piratas vão se legalizar.

Em segundo lugar, a indústria ultrapassou o 'three strikes' e ele já nem é mesmo necessário — as desconexões da internet geraram ondas enormes de descontentamento e não há relação clara entre essas leis e o aumento nas vendas. Uma tentativa de chegar a um acordo iria angariar apoio no mundo todo, assim como avisos e uma possível redução na velocidade da conexão ou uma multa pequena e apropriada como finm do processo (com acompanhamento judicial) iria contribuir muito para remover a máscara do anonimato no compartilhamento de arquivos. Muita gente ponderada teria apoiado essas medidas limitadas e com foco e se a indústria houvesse pretendido menos teria conseguido mais.

Em vez disso, a indústria vem com as desconexões e o ACTA. E se não consegue aprovar leis, começa a processar indivíduos (como a indústria fonográfica fez na Islândia e a de audiovisual fez na Austrália).

Mais de 30 países registraram taxas de crescimento de dois dígitos nas vendas de música no formato digital em 2009 (e em 17, o crescimento foi mais de 40%!) e 13 grandes mercados registraram crescimento de vendas em formatos analógicos e digitais. Assim, fica claro que a indústria fonográfica não está prestes a encolher até desaparecer. Ainda assim, o mercado diminuiu 7% no mundo inteiro, principalmente por conta dos EUA e do Japão. O presidente da IFPI, John Kennedy, acredita que seu negócio vai voltar a crescer, mas que isso depende de 'quão rápido os governos agirem contra a pirataria'."